Qual a melhor forma de passar os bens para os filhos em vida?
Transferir bens para os filhos ainda em vida é uma decisão que envolve amor, responsabilidade e planejamento. Mais do que apenas evitar brigas ou inventários demorados, trata-se de proteger quem você ama e garantir que seu patrimônio seja usado da melhor forma. Existem diferentes formas de fazer isso como doação, testamento ou holding familiar e cada uma traz vantagens e cuidados específicos.
5/19/2025


Planejar como transferir patrimônio para os filhos ainda em vida é um ato de cuidado que pode evitar conflitos, agilizar processos e dar mais liberdade às famílias. Existem três opções principais, cada uma com suas vantagens e desafios:
1. Doação em vida
A doação permite entregar bens para os filhos imediatamente, podendo você manter o usufruto, ou seja, continuar usando o bem até o fim da vida. No entanto, há um imposto estadual chamado ITCMD sobre doações e é preciso respeitar o direito dos “herdeiros necessários”, metade dos bens deve ser preservada para filhos, cônjuges ou pais.
2. Testamento
O testamento é uma forma flexível de planejar o futuro: você pode escolher quem recebe quais bens após a sua morte, e ainda mudar de ideia enquanto estiver vivo. Ele respeita a parte obrigatória da herança, mas só começa a valer depois que o testador falece e depende de inventário.
3. Holding familiar
Para quem tem patrimônio de grande valor, criar uma holding (uma empresa que detém bens) pode ser estratégico. Com esse recurso, você transfere participação aos filhos sem transferir gestão imediata, reduz carga tributária e facilita a administração dos bens.
Qual escolher?
Doação em vida: é útil se você quer passar bens agora e ainda manter o controle de uso, ideal para organizar herança aos poucos e evitar inventário
Testamento: é indicado se você quer segurança e flexibilidade, garantindo direitos mesmo após sua morte.
Holding familiar é recomendada para patrimônios grandes e complexos, com benefícios fiscais e administrativos.
Cada estratégia exige cuidado. Na doação, podem ser usadas cláusulas como usufruto, impenhorabilidade e incomunicabilidade para proteger seu patrimônio e evitar conflitos.
Já o testamento é menos burocrático, mas só produz efeitos depois do falecimento, e ainda gera custos com inventário e impostos.
Quanto à holding, embora ofereça vantagens fiscais e administrativas, implica custos e exige estrutura jurídica.
O imposto ITCMD varia conforme o estado, mas nem sempre é o principal fator: poupar no imposto e gerar custos maiores com inventário ou disputas judiciais não faz sentido. O ideal é combinar estratégias. por exemplo, doar parte dos bens e deixar o restante em testamento, sempre com suporte de um advogado especializado.
Conclusão
Planejar a sucessão dos seus bens em vida é uma forma de demonstrar amor e cuidado. Avalie suas metas, patrimônio e relacionamentos com os filhos. O ideal é combinar doação, testamento ou holding de acordo com seu perfil. E, antes de decidir, é fundamental buscar orientação jurídica para garantir segurança, equilíbrio e proteção aos herdeiros.
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