O pai do meu filho faleceu. Como fica a pensão agora?
A perda de um ente querido, especialmente do pai, é um momento extremamente delicado e desafiador. Em meio à dor da perda, surgem dúvidas e preocupações sobre o futuro, como a questão da pensão alimentícia, da herança e dos direitos do filho. Este guia completo tem como objetivo esclarecer essas dúvidas e oferecer informações relevantes para compreender nesse momento difícil.
11/22/2024


A perda de um ente querido, especialmente do pai, é um momento extremamente delicado e desafiador. Em meio à dor da perda, surgem dúvidas e preocupações sobre o futuro, como a questão da pensão alimentícia, da herança e dos direitos do filho. Este guia completo tem como objetivo esclarecer essas dúvidas e oferecer informações relevantes para compreender nesse momento difícil.
1. Encerramento da Pensão Alimentícia:
Com o falecimento do pai, a obrigação de pagar pensão alimentícia encerra automaticamente. Essa obrigação é pessoal do devedor e não se transmite aos seus herdeiros. É importante ressaltar que a pensão alimentícia visa garantir o sustento do filho menor ou inválido, e sua extinção com o falecimento do devedor se justifica pela extinção da capacidade de gerar renda.
2. Herança do Filho:
O filho tem direito a herdar os bens do pai, de acordo com a ordem de sucessão legal estabelecida no Código Civil Brasileiro. A proporção da herança dependerá da existência de outros herdeiros, como cônjuge, filhos de outros relacionamentos, ascendentes (pais e avós) e descendentes (outros filhos).
3. Alimentos Avoengos:
Caso o filho seja menor de idade ou incapaz e não tenha condições de se sustentar com a herança recebida, ele poderá requerer alimentos avoengos. Os alimentos avoengos são a pensão alimentícia paga pelos avós quando os pais não podem arcar com essa responsabilidade. Essa medida visa garantir a proteção e o sustento da criança ou do incapaz, em um momento em que sua vulnerabilidade é ainda maior.
Para solicitar a pensão avoenga, é necessário comprovar:
A necessidade de alimentos do filho;
A impossibilidade dos pais de arcar com a pensão;
A capacidade dos avós de pagar a pensão.
O pedido de alimentos avoengos deve ser feito através de uma ação judicial, com a devida representação legal do filho.
4. Pensão por Morte do INSS:
Se o pai era contribuinte do INSS, o filho menor de idade ou inválido poderá requerer pensão por morte. O valor da pensão será equivalente a 50% do valor da aposentadoria que o pai recebia ou teria direito na data do óbito. Essa medida visa garantir um suporte financeiro ao filho, em um momento em que a renda familiar é impactada pela perda do pai.
Para solicitar a pensão por morte, é necessário apresentar os seguintes documentos:
Certidão de óbito do pai;
Certidão de nascimento da filho;
Documento que comprove a dependência econômica da filho;
Documento que comprove a qualidade de segurado do pai.
O pedido de pensão por morte pode ser feito pelo site do INSS, pelo telefone 135 ou em qualquer agência do INSS.
5. Orientação Jurídica:
É fundamental buscar orientação jurídica especializada para:
Analisar a situação específica do filho e identificar seus direitos;
Entender os prazos e procedimentos legais para solicitar a pensão por morte, os alimentos avoengos ou a herança;
Defender os interesses do filho em caso de disputa judicial.
Um advogado especializado em direito de família e sucessões poderá auxiliar na compreensão das leis e na tomada de decisões assertivas, garantindo que os direitos do filho sejam preservados.
Conclusão:
A perda do pai é um momento difícil, mas é importante buscar seus direitos e garantir o futuro do filho. A orientação jurídica especializada é fundamental para navegar pelos trâmites legais e garantir a proteção dos seus direitos.
Fundamentação Legal:
Código Civil Brasileiro: Artigos 1.694, 1.798 e 1.845
Lei de Alimentos (Lei nº 5.478/1968)
Lei de Pensão por Morte: Lei nº 8.213/1991
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