Estou me divorciando e tenho uma empresa: posso perdê-la?
Se você tem uma empresa e está se separando ou quer se prevenir, é importante saber que, dependendo do regime de bens do seu casamento, seu negócio pode sim entrar na partilha. Neste artigo, você vai entender quando isso acontece, o que diz a lei e como proteger sua empresa durante o divórcio.
5/19/2025


Se você é dona de um negócio e está enfrentando um divórcio, é natural que surja a dúvida: será que posso perder minha empresa nesse processo? Essa é uma preocupação legítima e muito comum entre mulheres empreendedoras que construíram seus negócios com esforço e dedicação. Neste artigo, vamos explicar de forma clara quando o divórcio pode afetar a empresa, o que diz a lei e como você pode proteger seu patrimônio.
O que define se a empresa entra na partilha?
O ponto principal que vai determinar se sua empresa será ou não partilhada é o regime de bens adotado no casamento. Esse é o ponto de partida de qualquer análise.
Comunhão parcial de bens
É o regime mais comum. Nele, todos os bens adquiridos durante o casamento são considerados comuns, incluindo empresas fundadas nesse período. Então, se sua empresa foi aberta após o casamento, ela pode sim ser objeto de partilha ou ao menos o seu valor patrimonial.
Mas atenção: a divisão não significa que o ex-cônjuge se tornará sócio ou terá participação nas decisões da empresa. O que se divide é o valor da empresa, e não necessariamente a estrutura societária.
Comunhão universal de bens
Nesse regime, todos os bens, inclusive os adquiridos antes do casamento, são comuns. Ou seja, mesmo que a empresa tenha sido aberta antes da união, ela pode ser incluída na partilha.
O que define se a empresa entra na partilha?
O ponto principal que vai determinar se sua empresa será ou não partilhada é o regime de bens adotado no casamento. Esse é o ponto de partida de qualquer análise.
Separação total de bens
Aqui, cada um conserva o que é seu. Se você se casou com pacto antenupcial de separação de bens, a empresa não entra na divisão, desde que os bens não tenham sido misturados ao patrimônio comum.
Mas e se a empresa for só minha?
Mesmo que a empresa esteja registrada apenas em seu nome, isso não impede que o valor dela entre na partilha, caso o regime permita. O que importa não é apenas o nome no contrato social, mas quando e como o negócio foi constituído.
Se a empresa foi criada durante o casamento e teve crescimento com a colaboração do cônjuge (inclusive indireta, como apoio doméstico), isso pode ser considerado na hora da partilha.
Como é feita essa partilha?
Em geral, a empresa não é dividida ao meio, como um bem físico. O que se faz é:
Avaliação do valor da empresa;
Análise do regime de bens;
Cálculo do que seria devido ao outro cônjuge em termos de valor (não de participação na sociedade).
Na prática, pode haver acordos para compensação financeira, sem que o ex-cônjuge se torne sócio. Isso é importante para manter o controle do negócio e evitar prejuízos à sua atividade.
Como posso proteger minha empresa?
Se você está empreendendo ou pensando em se casar, algumas medidas podem ajudar a proteger seu negócio:
Escolher o regime de bens adequado, com orientação jurídica;
Fazer um contrato social bem estruturado, prevendo regras em caso de separação;
Manter separação clara entre patrimônio pessoal e da empresa;
Formalizar a colaboração do cônjuge, caso ele trabalhe na empresa, com contrato de trabalho ou pró-labore.
Essas precauções evitam discussões futuras e protegem o que você construiu com tanto esforço.
E se eu já estiver me divorciando?
Nesse caso, é fundamental contar com apoio jurídico especializado. Cada situação é única, e o juiz sempre buscará o princípio do melhor equilíbrio e da boa-fé.
Você pode:
Apresentar documentos que comprovem o início do negócio antes do casamento;
Demonstrar que o cônjuge não participou da empresa;
Buscar acordos judiciais que evitem conflitos maiores.
Conclusão: seu esforço precisa ser respeitado
Você construiu um negócio com empenho e dedicação. E mesmo que o casamento tenha chegado ao fim, seus direitos devem ser protegidos com responsabilidade e justiça.
Entender o que diz a lei é o primeiro passo para tomar decisões conscientes. E lembrar que patrimônio, família e dignidade podem caminhar juntos, mesmo em momentos difíceis como o divórcio.
Se essa é a sua situação, procure orientação jurídica e saiba quais são seus direitos. Não enfrente isso sozinha.
Se você se identifica com essa situação, é só clicar no botão do WhatsApp nesta página para ser atendida.
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